Arbitragem Bracarense

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O Presidente da Comissão de Arbitragem da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Vítor Pereira, protagonizou na passada Sexta-Feira um colóquio sobre “Leis do Jogo”, escusando-se a “falar de política”.

“A política é para os políticos, eu falo sobre as leis do jogo, e vou continuar a estar presente nestas acções, mas sobre política não falo”, disse o dirigente, quando interpelado pelos jornalistas, após o colóquio sobre “Leis do Jogo”, organizado pela Academia Sporting de Almeirim, advertindo, desde início, que esteve presente numa “perspectiva de formador” e “não de dirigente”.
Dirigindo-se aos jovens praticantes de futebol, dos 6 aos 10 anos, Vítor Pereira apresentou as Leis do Jogo e questionou os presentes no salão nobre da Câmara Municipal de Almeirim sobre o número de leis da modalidade. Diogo, um dos jogadores do escalão de iniciados da Academia dos “leões” de Almeirim, notabilizou-se por responder acertadamente à pergunta do Presidente da Comissão de Arbitragem da LPFP, dizendo prontamente: “Dezassete”.

Com o árbitro da primeira categoria André Gralha (Associação de Futebol de Santarém) na assistência, Vítor Pereira voltou a perguntar a opinião dos cerca de 70 presentes sobre várias imagens, que retratavam lances duvidosos com bolas dentro e fora do terreno de jogo, permitindo, novamente, respostas prontas e acertadas, desta feita dos infantis Francisco e Diogo.

“Todos sabem destas coisas, mas depois há coisas que nem toda a gente sabe”, afirmou Vítor Pereira, quando confrontado com respostas díspares sobre a possibilidade de ser marcado um golo na própria baliza na marcação de um livre indirecto, esclarecendo que caso aconteça deverá ser assinalado um pontapé de canto. Mesmo assim, Vítor Pereira elogiou os resultados práticos das escolas de futebol, levando o público a questioná-lo sobre as “escolinhas da arbitragem”. “Não temos acompanhado o evoluir do futebol”, admitiu o Presidente da Comissão de Arbitragem da LPFP, sublinhando que “o projecto que está feito” e “é absolutamente necessário que o futebol português invista na formação de árbitros”.

No entanto, Vítor Pereira destacou que a escassez de árbitros “não é um exclusivo de Portugal, nem é um problema dos árbitros, mas um problema do futebol”, acrescentando “acreditar que a profissionalização poderá contribuir para aumentar a adesão à prática da arbitragem”. “Temos uma realidade de 3.000 árbitros para uma necessidade de 6.000, estamos com metade do que é preciso para o quadro competitivo nacional, mas temos de oferecer coisas aos árbitros”, explicou o dirigente, lamentando que “tremoços, pedradas e ofensas não são convidativos para um jovem de 14 a 15 anos que entre para a arbitragem”.

Comparando o futebol português com a competição britânica, o Presidente da Comissão de Arbitragem da LPFP considerou como principal diferença as questões culturais. “Em Inglaterra, cultiva-se o aspecto guerreiro do jogador e aquele que cair no terreno normalmente é substituído porque está verdadeiramente lesionado, enquanto, em Portugal, o árbitro é assobiado porque não interrompe o jogo”, lamentou Vítor Pereira, reconhecendo, após questão do público que “as circunstâncias actuais não permitem ao árbitro português apitar à inglesa”.

Além do Presidente da Comissão de Arbitragem da LPFP, estiveram também presentes os juniores do Belenenses Tiago Almeida e Filipe Paiva.

Fonte:
Agência Lusa, Sapo Infordesporto - Ver notícia

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