Arbitragem Bracarense

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Os antigos árbitros internacionais Jorge Coroado e José Leirós consideram que a arbitragem portuguesa sofre um problema estrutural, que só poderá ser resolvido com mudanças na Comissão de Arbitragem (CA) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

Em declarações à Agência Lusa, José Leirós afirma que o problema da arbitragem "é estruturante, porque não está bem definido o papel das pessoas, não há ligação entre Presidente e árbitros. Há um afastamento, há uma atitude de altivez perante os árbitros".

Jorge Coroado defende a necessidade de "uma reforma profunda" no sector da arbitragem do futebol profissional, por entender que "não é admissível que quem tem a acção disciplinar sobre os outros agentes desportivos tenha igualmente sobre os árbitros".

José Leirós considera que o problema só se resolve com a saída de Vítor Pereira da presidência da CA da Liga: "Obviamente que o Vítor Pereira tem que sair e ser encontrada outra pessoa. Porque ele falhou".

Coroado prefere não falar individualmente de Vítor Pereira, considerando que a actual estrutura dirigente do sector "não defende os interesses da arbitragem", mas antes os "interesses pessoais de quem lá está".

Para Jorge Coroado, "o Presidente da CA não deve ser indicado pelos clubes, porque assim não deixa de estar subordinado a quem manda, sujeito a quem paga", até porque "aquele que tem a carteira mais recheada, subentenda-se aqueles que têm mais poder, é que mais impõe e determina".

Os dois antigos árbitros consideram que o Presidente da CA da LPFP deve ser um apoio para os árbitros e deve alertar para os erros de uma forma pedagógica, algo que Vítor Pereira não está a fazer.

"O Presidente da CA tem que ser um colega mais velho e tem que pensar que não é punindo os árbitros só por punir que vai haver resolver problemas, tem que haver pedagogia", afirma José Leirós.

Jorge Coroado considera que "os árbitros não estão tranquilos, porque sentem que não há quem sirva de almofada às suas decisões e intervenções", o que não significa que "seja alguém que esconda ou branqueie os erros cometidos (…), mas que assuma e diga que determinadas situações foram impostas e exigidas por quem manda".

Coroado afirma que "muitos árbitros só não se manifestam porque têm medo de represálias", enquanto José Leirós entende: "se o Presidente da CA, quando vê os árbitros serem atacados pelos clubes, enfrentasse o problema, com realidade, estes sentiam-se mais protegidos e acarinhados".
Leirós refere que a classe vive "sem objectivos e não está motivada", enquanto Coroado lembra que "os árbitros tendem normalmente a agir em conformidade com os interesses no sentido de defesa da carreira".

Fonte:
Agência Lusa, Sapo Infordesporto - Ver notícia

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