CICLO DE CONFERÊNCIAS
"Profissionalização dos árbitros de futebol"
27 de Janeiro de 2009
Auditório da Associação de Futebol de Braga
21:00 horas
Como foi amplamente divulgado realizou-se ontem em Braga um Colóquio/Debate subordinado ao tema
"A Profissionalização da Arbitragem".
O painel foi composto por Cosme Machado (Árbitro de Futebol da 1.ª categoria), Paulo Paraty (ex-árbitro internacional) e Custódio Ribeiro (Presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Braga).
Marcaram também presença cerca de duas dezenas e meia de "adeptos do S. C. Braga" que, desde cedo, procuraram desestabilizar a reunião, confundindo o direito de presença e direito à indignação com o insulto gratuito e com o direito que assistia a todos os outros de assistirem livre e tranquilamente ao debate.
Não queremos de modo algum dizer que os adeptos não deviam estar presentes ou proteger num estilo corporativista a nossa classe. Apenas dizemos e sublinhamos que o Ser Humano prima pela sua capacidade de respeito pelo próximo. Os adeptos fazem falta ao futebol e devem ser parte integrante do processo de mudança que se quer e pretende na arbitragem. Isto desde que queiram e saibam dialogar e ouvir a outra parte sem reservas ou ideias pré-concebidas... Ontem aqueles adeptos não revelaram sê-lo capaz...
A Conferência esteve para ser suspensa por duas vezes, tendo inclusivamente todos os participantes que não eram os tais adeptos abandonado a sala... Nesse momento, estes abandonaram a sala, permitindo o regresso dos outros e o debate prosseguiu de forma serena, livre e profícua.
Salva-se o grande cavalheirismo dos presentes e dos distintos oradores que com o seu distinto comportamento elevaram mais uma vez o nome da Arbitragem.
Voltando à conferência...
Apesar de ser praticamente unanime a necessidade de se evoluir na arbitragem, profissionalizando a classe, no sentido de a dotar de mais tempo e meios, ficou igualmente uma dúvida sem resposta: "Qual o caminho para lá chegar?"
Algumas dúvidas pertinentes levantadas pelos oradores e pelos presentes:
Quem são os árbitros que integram a profissionalização? E quais os que ficam de fora?
Quem escolhe os árbitros?
Quais são os critérios de escolha?
Como se garante estabilidade económico-financeira a quem adere?
Ao fim do seu contrato, os jogadores no caso da não-renovação do contrato profissional têm sempre um mercado concorrencial e livre onde se podem inserir. Os árbitros não gozam dessa vantagem. Como resolver isto?
Como se garante a quem não está no quadro o acesso a ele? Em que condições? A partir de que base de formação?
Como se garante a captação de jovens valores e sua formação?
Estas foram algumas das questões levantadas e que foram sujeitas ao debate e discussão entre os presentes. Alarga-se agora o debate a todos... Dá-nos a tua opinião!
Fonte:
Administração