Arbitragem Bracarense

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O árbitro de futebol Olegário Benquerença defendeu hoje um endurecimento das penas para punir a violência no desporto, que leve os agentes a pensar que "o crime não compensa".


"É fundamental a intervenção por parte do Estado, a criar legislação sobre a violência no desporto. Tem de ser com medidas repressivas muito, muito, severas, decisões rápidas e eficazes dos tribunais, e criar eventualmente tribunais ligados ao desporto para resolver em tempo útil as questões", sublinhou.

Ao proferir hoje uma palestra em Miranda do Corvo, na Escola Secundária José Falcão, o juiz internacional justificou a sua posição com a necessidade de "dissuadir comportamentos de natureza marginal no desporto". "Só com medidas imediatas, eficazes e, sobretudo, muito publicitadas, para que as pessoas percebam que o crime não pode compensar", frisou, acrescentando que só desse modo se poderá erradicar "esta triste realidade que impera no desporto".

Embora reconheça que os comportamentos violentos vão ocorrendo cada fim-de-semana, particularmente nas competições "ditas não profissionais", sustenta que a violência no desporto "é esmagadoramente não física".

Segundo Olegário Benquerença, "nas vésperas de determinados jogos surgem dirigentes a insultar-se na praça pública, a levantar suspeições, a fazer insinuações graves, e depois é vê-los lado a lado nos camarotes como se nada se tivesse passado. Passados seis meses passam de principal inimigo a principal aliado". "É uma violência estratégica, montada de fora de forma a condicionar os adeptos, as massas associativas, a criar uma guerra da qual colhem dividendos e na qual não participam", observou.

Sobre a violência física, Olegário Benquerença sustenta que "tem de ser altamente penalizada", com um agravamento das penas de modo que nos casos mais graves a quem pratica "não lhe seja possível voltar a praticar esse desporto". "Quem não sabe estar no desporto deve estar à margem dele", sustentou, considerando que a criminalidade neste meio «“é parasita", pois são pessoas ou grupos organizados que "se aproveitam da exposição mediática para tentar passar uma mensagem que nada tem a ver com o desporto"».

Na opinião de Olegário Benquerença, é preciso um trabalho conjunto "para isolar esses focos de violência, para que não venham a constituir uma ameaça séria à sociedade e ao desporto".

Fonte:
Jornal O Jogo - Ver notícia

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